quinta-feira, 3 de julho de 2008

Entrelinhas

Me despeço, escondo o rosto
Ninguém precisa enxugar meu pranto
Conheço bem as regras deste jogo
e aprendi como jogar:
cada um vai pro seu canto
e é certo que amanhã seremos outros
teremos traçado novos planos
novas formas de ganhar

Enquanto a vida vai nos empurrando
pelo menos nunca precisamos
pensar em como faz falta
não ter mais nossos momentos

Se por acaso estiver por perto
Apareça para eu saber como está
Me dá um abraço e um beijo
Me contenho e não te peço pra voltar

Finjo e minto pra mim mesmo
Me convenço que está tudo certo
e que o mundo é um grande campo aberto
para um novo despertar

Leia as cartas que te mando
Nas entrelinhas escondi meus sonhos
Na esperança de que os seus olhos
te fizessem enxergar
que onde digo “está tudo certo”
estou escondendo, talvez de mim mesmo,
que ainda te amo e vou te amar
faço de conta que te esqueço

Tudo bem estou bem certo.
Ao menos não deixei de te contar
E guardarei comigo mesmo
que te tive e isso não dá pra apagar

Um comentário:

Lui disse...

Não sei porque diabos, mas esta música tem a cara de uma pessoa querida: Letícia.

Ela não conhece a base instrumental da música, cuja predominância é do cello (lindo), mas estou certo de q a ouviria centenas de vezes sem parar (pretensiosoooo) rs

Entonces...Letícia, a postagem é em sua homenagem.