sábado, 28 de junho de 2008

Déjà vü

Do que nós somos feitos
se tudo aquilo que condenamos
hoje já faz parte do que somos
e é bem mais do que deveria ser?

Do que nos vale a sorte
se nossas atitudes são covardes
se nos entregamos sempre em partes
achando que é melhor não se envolver?

Tão astuto e desinteressado
O que nós não fizemos
também virou passado

Tão sincero que ficou estranho
Não pensa no futuro?
Não pensa em fazer planos?

Somos como estrelas decadentes
Como astros que não têm um brilho próprio
Cometas bobos, desorientados
Como a integridade de um deus ateu

A sinceridade esnobe
é sempre dissonante da verdade
Mentira que bem dita sempre encobre
o real sentido da razão

Nem tudo precisa ser incerto
Descobrir o mundo é inventar mistérios
Lobos loucos, livres, sussurrando
Gato ensandecido
Beija-flor uivando

Mas não vamos nos surpreender
somos previsíveis, tão fáceis de entender
Vai se acha que precisa ser
órfão desgarrado, mártir do seu coração

My dear mine heart belongs to you
Déjà vü outra vez

2 comentários:

Lui disse...

Bendita música que me perseguiu por meeeses. Quando não tinha mais energias para resistir, sentei e a passei para o papel.

Atende a velha e boa fórmula do pop-rock: 3 acordes, letrinha nada a ver e alguns bons gritos.

O mundo é um grande mistério?
Azar o seu.

Unknown disse...

Mesmo com a letrinha nada a ver, essa música é a minha preferida.

Abraço Lui,
Nái.