Nos pés: passos, portos,
pedras - perigos
Na ponte: o perto
Nos olhos: instantes
Nos lábios: leitos
Nos braços versos
No pó: parcas partes do "por inteiro"
No por diante: os fogos intensos
[de artifícios] de seus amantes
De qual calvário cai a cola
que conserta o coração calado pela dor?
(da força do tempo?)
Da luz lançando à lua longas ledas lilianas de amor?
(são remédios da paixão?)
Ossos: ondas: odes: orifícios
Ódios - olhos de Condor
(virtude e verdade?)
A fera fere firme e forte
a fraca e fria farsa deste nós
(delírios da esperança!)
Se...
Toda ternura é tonta, é troça: tensões
Palavras: perfeitas promessas: prisões
Sonsas, severas, suaves: sensações
bradando bélicas belezas: boçais
(Garotos guerreando em grave gostar)
Esperam extasiados se entregar
a eternas Evas encantadas
que são serpentes sábias
(semeando o prazer no mundo?)
Se a dona do tempo
vivesse entre a alma e os lábios
Eu só diria o certo
[e esqueceria o que é errado]
Voltando em vultos
e viciando a voz que vai no coração
{minhas confissões de desejos}
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Um comentário:
É uma pena que o blog não aceite a formatação original deste poema. Como vcs devem saber, um dos pontos fortes da poesia concreta é a forma visual.
Um dia consigo reproduzir a mesma estrutura que o poema tem no papel.
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